Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que promete tirar conservadores do poder

Em uma votação histórica, os britânicos vão às urnas na quinta-feira (4) para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais apontam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, deve perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é uma consulta pública sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia. Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área. O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não obtiverem a maioria, eles necessitam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

Apesar de simbólico, o monarca tem um papel importante. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada da quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, porém a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O episódio, contudo, pode inaugurar um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

 

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz