Ministério da Saúde incorpora primeiro remédio para demência associada ao Parkinson no SUS
O Ministério da Saúde publicou na última semana a portaria que incorpora a rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS), o primeiro medicamento destinado ao tratamento de demência associada à doença de Parkinson. A rivastigmina, já utilizada na rede pública para tratar o Alzheimer, agora será disponibilizada para pacientes com Parkinson.
A decisão teve recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que destacou a eficácia do tratamento no controle dos sintomas cognitivos da doença. A incorporação desse medicamento representa um avanço significativo para as pessoas que convivem com a condição.
Dados avaliados pela Conitec indicam que há entre 100 e 200 casos de doença de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, com a incidência aumentando significativamente após os 60 anos de idade.
Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, comentou: “Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado uma parcela significativa de brasileiros. Essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor.”
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson do SUS estabelece que os principais objetivos do tratamento são deter a progressão da doença e diminuir os sintomas. Além dos tratamentos medicamentosos, o SUS oferece fisioterapia e opções avançadas como implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral. Com a incorporação da rivastigmina, mais uma opção terapêutica estará disponível.
Sintomas do Parkinson
Embora existam 40 sintomas indicativos da doença de Parkinson, a maioria das pessoas só reconhece dois: tremores e problemas de equilíbrio. Segundo uma pesquisa realizada no Reino Unido pela ONG Cure Parkinson’s, apenas 69% dos entrevistados associavam tremores à doença e 52% reconheciam problemas de equilíbrio como um sintoma.
Outros sintomas frequentemente não reconhecidos incluem:
– Rigidez
– Lentidão de movimentos
– Problemas oculares, como visão turva
– Depressão, ansiedade e dor
– Perda do olfato (um sintoma precoce)
– Congelamento físico (incapacidade temporária de se mover)
– Redução no tamanho da caligrafia
A doença de Parkinson é uma condição neurológica degenerativa, crônica e progressiva, que afeta principalmente a parte motora devido à degeneração das células na substância negra do cérebro, responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor associado ao movimento. A baixa de dopamina prejudica a capacidade motora dos pacientes.
Os sintomas mais característicos do Parkinson costumam surgir por volta dos 65 anos, mas especialistas afirmam que a doença pode começar a se desenvolver até 20 anos antes dos sinais mais acentuados surgirem.
Lista dos 40 Sintomas do Parkinson
1. Tremor em repouso
2. Rigidez
3. Lentidão de movimento
4. Problemas de equilíbrio
5. Dificuldade para andar ou arrastar as pernas
6. Tontura
7. Congelamento do movimento
8. Distonia
9. Cãibras musculares
10. Dor
11. Problemas de sono ou insônia
12. Fadiga
13. Postura curvada ou encurvada
14. Pressão arterial baixa
15. Pernas inquietas
16. Problemas intestinais, incluindo prisão de ventre
17. Urgência urinária
18. Incontinência
19. Problemas de pele, como sudorese ou seborreia
20. Voz suave ou baixa
21. Problemas de fala ou comunicação
22. Problemas sexuais
23. Problemas oculares, como visão turva
24. Problemas nos pés, como rigidez, edema e marcha plana
25. Boca seca
26. Dificuldade para engolir
27. Salivação excessiva
28. Demência
29. Falta de concentração
30. Depressão, incluindo alterações de humor e personalidade
31. Ansiedade
32. Apatia
33. Esquecimento
34. Confusão
35. Alucinações
36. Perda do olfato
37. Perda do paladar
38. Caligrafia menor
39. Hipomimia (dificuldade de fazer expressões faciais)
40. Pesadelos
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