Ministério Público vê gastos ilícitos na campanha de reeleição de Cláudio Castro

De acordo com um relatório do Ministério Público Eleitoral (MPE), houve gastos ilícitos durante a campanha de Cláudio Castro (PL) ao governo do Rio em 2022. O governador disse que as informações do MPE estão “equivocadas”, e que as contas foram aprovadas.

Segundo a GloboNews, uma mulher chamada Lúcia Helena Siqueira Lopes de Jesus recebeu mais de R$ 2,5 milhões do fundo eleitoral e nega ter trabalhado para a campanha. Ela chegou aos 65 anos sem nenhum registro de salário, segundo o MPE.

Atualmente, Lúcia Helena é a única sócia e administradora da empresa Cinqloc Empreendimentos, empresa escolhida para recrutar e selecionar cabos eleitorais, coordenadores, motoristas, copeiras, recepcionistas e secretárias, e assinou um contrato com a campanha à reeleição de Cláudio Castro.

No período eleitoral, o endereço da Cinqloc, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, chamou a atenção da Procuradoria Eleitoral.

Cláudio Castro foi reeleito governador no primeiro turno com quase 60% dos votos. Na prestação de contas, a campanha declarou um gasto de quase R$ 5 milhões com cabos eleitorais e outros funcionários contratados pela Cinqloc.

Após quebra de sigilos bancários determinada pela Justiça, a Cinqloc Empreendimentos não existia até meados de outubro de 2022, pouco antes das eleições. Além disso, foram feitas 14 transferências entre a Cinqloc e Lúcia Helena Siqueira Lopes de Jesus, que aparece no contrato como a dona da empresa.

Porém, Lúcia, ao ser abordada, não soube dar explicações sobre o contrato com a campanha.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução/Instagram