China declara que Dalai Lama deve ‘corrigir completamente’ opiniões políticas
Na quinta-feira (20), o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o líder espiritual exilado Dalai Lama deve “corrigir completamente” seus posicionamentos políticos como condição para retomar o contato com o governo da China.
O diálogo formal entre a China e o Dalai Lama, que se refugiou na Índia em 1959 depois de uma revolta tibetana fracassada contra o domínio chinês, e seus representantes está paralisado desde 2010.
“Com relação ao contato e às negociações entre o governo central da China e o 14º Dalai Lama, nossa política tem sido consistente e clara”, declarou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
“A chave é que o 14º Dalai Lama deve fundamentalmente refletir e corrigir completamente suas opiniões políticas”, afirmou Lin em uma coletiva de imprensa do ministério.
O Dalai Lama deixou o cargo em 2011 como líder político do governo tibetano no exílio, que Pequim não reconhece e enxerga como uma violação da constituição chinesa. A China, entretanto, continua se irritando com qualquer interação que ele tenha com autoridades de outros países, incluindo ex-presidentes dos Estados Unidos, embora o Dalai Lama diga que não está buscando a independência do Tibete. O homem de 88 anos, que a China vê como um perigoso separatista com vestes de monge, segue sendo o líder espiritual do povo tibetano.