Desigualdade salarial: IBGE revela que mulheres 17% menos que homens no Brasil

Nesta quinta-feira (20), uma pesquisa divulgada pelo IBGE comprovou que persiste a diferença salarial entre homens e mulheres no país. De acordo com as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), em 2022, os homens receberam R$ 3.791,58 de salário médio mensal, e as mulheres, R$ 3.241,18, uma diferença de 17,0%.

De acordo com Eliseu Oliveira, analista da pesquisa, a disparidade salarial se estendeu para 82% das várias áreas de atuação profissional. “Sob outra perspectiva, ainda destacando essa diferença observada nos salários quando se analisa o sexo, é possível dizer que as mulheres receberam, em média, o equivalente a 85,5% do salário médio mensal dos homens“, afirmou.

A advogada Priscila Catarcione, coordenadora trabalhista da Boing Vieites, acredita que a diferença de salários pode se originar na má distribuição de cargos de liderança para mulheres.”Como se constata da pesquisa realizada pelo IBGE, as mulheres ainda ganham significativamente menos que os homens e ocupam bem menos cargos de liderança se comparado a eles“, afirmou.

Para o economista Cesar Bergo, a desigualdade salarial é um problema crônico na sociedade brasileira. “Os dados do IBGE mostram que existe uma grande disparidade de renda entre diferentes grupos sociais. Uma parcela significativa da população está recebendo salários muito baixos em comparação com uma minoria que concentra a maior parte das riquezas“, disse.

Por: Ágatha Araújo

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