Presidente licenciado do Solidariedade se entrega à Polícia e passa por audiência de custódia no DF

Eurípedes Gomes Júnior, presidente licenciado do partido Solidariedade, passou por audiência de custódia e realizou exame de corpo de delito neste domingo (16). Ele foi preso preventivamente em Brasília após se entregar à Polícia Federal no sábado (15), após três dias foragido.

Durante a audiência de custódia, os advogados de Eurípedes, José Eduardo Cardozo e Fabio Tofic Simanthob, solicitaram a conversão da prisão preventiva em domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, mas o pedido foi negado pela Justiça. Atualmente, o político está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, aguardando transferência para o complexo penitenciário da Papuda, em São Sebastião, no Distrito Federal.

Antes de se entregar, Eurípedes Júnior licenciou-se da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado. Em nota oficial, o partido anunciou que Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, assumirá o comando da sigla. “Essa solicitação é compatível com o estatuto partidário”, afirmou a nota, destacando a “regular continuidade do exercício da direção partidária”.

O caso

A Operação Fundo no Poço, autorizada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Brasília Luiz Lizandro Garcia Gomes Filho, investiga Eurípedes Júnior por desviar cerca de R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) nas eleições de 2022. O esquema envolvia o uso de candidaturas laranjas, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS).

Eurípedes Júnior enfrenta acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos eleitorais, juntamente com outros envolvidos. O Pros se fundiu ao partido Solidariedade em 2023.

Em nota, a defesa de Eurípedes Júnior afirmou que ele provará sua inocência. “Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará, perante a Justiça, não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a prisão preventiva, mas também sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial”.

Foto: Agência Brasil