Ministro de guerra de Israel renuncia ao cargo e dispara ‘Netanyahu está nos impedindo de avançar para vitória’

Após ter ameaçado renunciar ao cargo de ministro do gabinete de guerra de Israel no mês passado, Benny Gantz declarou, no domingo (9), estar deixando o posto.

“Netanyahu está nos impedindo de avançar para uma verdadeira vitória. E é por isso que saímos do governo de emergência, com o coração pesado”, anunciou Gantz, em discurso transmitido pela televisão.

Depois doa anúncio, o premiê israelense declarou que “não é hora de abandonar a batalha”. “Israel está envolvido em uma guerra existencial em várias frentes. Benny, não é hora de abandonar a batalha, é hora de unir nossas forças”, completou Netanyahu na rede social X.

Em 18 de maio, Gantz, atual presidente do partido de Centro União Nacional, deu um prazo final para o ex-chefe até sábado (8). Ele pleiteou que o gabinete de guerra adotasse um “plano de ação” sobre a questão do pós-guerra na Faixa de Gaza. Sem o plano, ele anunciou que seria “forçado a se demitir do governo”.

Na renúncia, Gantz pediu que Israel realizasse eleições e encorajou o terceiro membro do gabinete de guerra, o ministro da Defesa Yoav Gallant, a “fazer a coisa certa” e “renunciar ao governo também”. Anteriormente, Gallant disse que renunciaria se Israel escolhesse reocupar Gaza, encorajando o governo a fazer planos para uma administração palestina.

Gantz integrou o governo Netanyahu logo após o ataque do Hamas, numa demonstração de união. A saída do chefe militar não representa, de forma imediata, uma ameaça para Netanyahu, que ainda domina uma coalização majoritária no parlamento do país. Por outro lado, o premiê de Israel torna-se mais dependente de seus aliados de extrema direita.

Créditos da imagem: Divulgação

Escrito por: Rafael Ajooz