Fernando Haddad presenteia cuia de chimarrão a papa Francisco

Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, presenteou o papa Francisco com um recipiente para preparar chimarrão uma cuia em alusão à tragédia climática no Rio Grande do Sul. Além da cuia, o Santo Padre recebeu um livro do ex-deputado federal Gabriel Chalita, intitulado “Entre Franciscos: o Santo e o Papa”, que relata um encontro fictício entre o papa e São Francisco de Assis.

Na troca de presentes, o ministro recebeu a Medalha Pontifícia, concedida a quem participa de audiências com o papa. O encontro foi o último compromisso da viagem do ministro da Fazenda à Itália.

A audiência foi privada e só teve imagens dos trechos inicial e final da audiência divulgadas pela mídia oficial do Vaticano e reproduzidas nas redes sociais do ministro. De acordo com o Ministério da Fazenda, Haddad seguiu os temas abordados durante esta semana e pediu apoio à proposta do Brasil de taxar os super-ricos, discorreu sobre a crise da dívida dos países pobres e sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.

Horas depois do encontro, o ministro postou, nas redes sociais, mensagem em que tratou do combate, em escala global, da miséria e da pobreza.

“Em visita ao papa Francisco, no Vaticano. Uma inclinação afetuosa do espírito para a vida é o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza”, escreveu Haddad.

De acordo com a imprensa oficial do Vaticano, o Santo Padre ressaltou que os princípios de justiça e solidariedade trarão pistas para a redução da desigualdade global.

“Nesse caminho é indispensável agir de boa-fé e com verdade, seguindo um código de conduta internacional com normas de valor ético que tutelam as negociações. Devemos pensar em uma nova arquitetura financeira internacional que seja audaz e criativa”, declarou Francisco nas redes sociais do Vaticano.

Em fevereiro, o Brasil, que ocupa a presidência do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana), fez uma proposta de taxar cerca de 3 mil super-ricos em todo o planeta em 2% dos rendimentos sobre o patrimônio, aplicando o valor pecuniário na redução das desigualdades e das mudanças climáticas.

 

Créditos da imagem: Reprodução X/@Haddad_Fernando

Escrito por: Rafael Ajooz