Caso Brigadeirão: advogada de Júlia alega que suspeita pode ter manifestado transtorno mental

A defesa de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 49 anos, com um brigadeirão envenenado, busca entender se relação da cliente com a cigana Suyany Breschak era movida por intimidação ou monetização. A Polícia Civil considera Suyany como mentora do crime.

Hortência Menezes, advogada de Júlia, alega que, embora Júlia seja psicóloga, tal fato não exclui que ela possa manifestar um transtorno mental.

Júlia se entregou à polícia na última terça-feira (04) e teve a prisão mantida no dia seguinte. A negociação para sua rendição durou quase 12h na 25ªDP (Engenho Novo) e ela se manteve em silêncio na delegacia. Já Suyany está presa desde o dia 28 de maio, sob acusação de ajudar a suspeita de se desfazer dos bens do empresário.

Para a defesa de Júlia, é necessário ter um olhar mais apurado para que tipo de relação havia entre as duas, já que uma das partes envolvida no caso, a Suyany, se trata de uma “orientadora e conselheira espiritual de uma determinada denominação religiosa”. Hortência estuda como foram os 11 anos existentes da relação de aconselhamento e de orientação “religiosa”, e questiona se a relação teria sido fundamentada na “monetização financeira e no medo”.

Não é em hipótese alguma o objetivo de manchar a imagem ou desacreditar a fé e as inúmeras religiões existentes, mas sim, de chamar a atenção de todos, que o elo de ligação entre o “sagrado” e o ser humano, é um ser humano, passível de interpretar e colocar as suas necessidades em primeiro lugar, passível de erro, sem falar em questões de cunho financeiro“, diz um trecho do documento.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução/Redes sociais