Eslovênia se junta a bloco de países europeus que reconhecem Estado da Palestina

Na noite de terça-feira (4), o Parlamento da Eslovênia aprovou o reconhecimento da Palestina como um Estado soberano e independente. Proposta pelo primeiro-ministro Robert Golob, a determinação ocorre duas semanas depois dos governos da Espanha, Irlanda e Noruega também reconhecerem o território palestino como Estado.

Nas redes socias, Golob celebrou a decisão e afirmou que a medida enviará esperança ao povo palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza – reconhecidas como parte da Palestina.

“O nosso reconhecimento da Palestina não é nem de longe uma questão de acaso. Isso estava sendo preparado pelo governo desde fevereiro”, escreveu ele.

Com o ato, os parlamentares também afirmaram que ficam na expectativa por medidas positivas dos lados israelense e palestino a fim de estabelecer um melhor ambiente para negociações de paz. Segundo o bloco, o diálogo seria o único caminho para uma coexistência pacífica e duradoura de ambas nações.

A oposição ao governo se manifestou contra o reconhecimento da Palestina, apesar da aprovação. Os parlamentares contrários argumentam que a proposta deveria ter sido tema de um referendo e que esse não é o melhor momento para essa decisão, uma vez que a medida, pode, segundo eles, favorecer o grupo terrorista Hamas, atualmente em guerra contra Israel em Gaza.

Os demais parlamentares, entretanto, sustentaram que a violência do Hamas não justifica a punição coletiva dos palestinos e que o grupo de terrorista deve ser visto de forma diferente da do território.

“A violência do Hamas, apesar do seu horror e natureza desprezível, não justifica a punição coletiva dos palestinianos. É necessário distinguir entre o povo palestiniano e as suas legítimas aspirações ao seu próprio Estado”, alegaram os demais.

 

Créditos da imagem: Reprodução X/Socialni demokrati 

Escrito por: Rafael Ajooz