Ucrânia afirma que usou armas ocidentais para atacar território russo

Na segunda-feira (3), forças ucranianas atingiram com êxito um sistema de mísseis russo S-300 utilizando armas fornecidas por países do Ocidente dentro do território russo.

“Queima lindamente. É um S-300 russo. Em território russo. Os primeiros dias após a permissão para usar armas ocidentais em território inimigo”, publicou a ministra do governo ucraniano, Iryna Vereshchuk, no Facebook, ao lado de uma foto que supostamente mostrava o ataque.

Esse ataque acontece alguns dias dias depois do presidente dos EUA, Joe Biden, ter dado permissão à Ucrânia para realizar ataques limitados com armas estadunidenses no território russo ao redor de Kharkiv, após vários países europeus terem retirado as restrições sobre a maneira como as armas podem ser utilizadas.

Vale ressaltar que não está claro se as armas usadas no ataque descrito por Vereshchuk foram dadas pelos EUA.

A Ucrânia implorou durante meses ao governo de Joe Biden que lhe permitisse atacar alvos em solo russo com armas dos Estados Unidos, enquanto o país comandado por Vladimir Putin lançava um brutal ataque aéreo e terrestre a Kharviv, seguro de que as suas tropas poderiam recuar de volta ao solo russo a fim de se reagrupar e suas armas e depósitos não poderiam ser alvo de armas ocidentais.

A permissão concedida pelos EUA é considerado ousada e inédita, mas é provisória e segue uma série de critérios. A Ucrânia só pode atingir alvos em retor de Kharkiv e só pode utilizar mísseis de curto alcance conhecidos como GMLRS, que possuem alcance de cerca de 70 quilômetros.

Por isso, os analistas militares elogiaram a decisão, porém moderaram as expectativas. Ao portal de notícias CNN, Franz-Stefan Gady, membro associado do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, informou que os ataques para além da fronteira permitirão à Ucrânia “atingir algumas áreas de preparação, centros de comando e controle russos, bem como depósitos de abastecimento. Isso não irá parar, mas complicará as operações militares russas contra Kharkhiv”.

Créditos da imagem: Reprodução Facebook

Escrito por: Rafael Ajooz