Farmácia parceira do Grêmio pode ser culpada no caso de doping de Thiago Braz

Thiago Braz, medalhista olímpico no salto com vara, foi pego em um caso de doping que envolve suplementos fornecidos por uma farmácia parceira do Grêmio. O atleta apresentou um exame que apontou contaminação por Ostarina em três suplementos manipulados, alegando que foram comprados da Scienza, farmácia parceira do clube.

Ao fazer o teste antidoping, Thiago listou oito produtos da Scienza que não haviam sido informados anteriormente. Após testar positivo para Ostarina, os suplementos foram enviados para análise em laboratórios credenciados pela Wada, sendo que o segundo laboratório encontrou traços da substância em três desses produtos, enviados em potes não lacrados.

A World Athletics contestou os resultados, rejeitando a tese de contaminação, mas o painel da Athetics Integrity Unit (AIU) aceitou a argumentação de Thiago, entendendo que não houve uso proposital da substância.

Thiago foi suspenso por 16 meses por negligência, ao consumir suplementos manipulados apesar dos alertas sobre os riscos. Em 2022, a própria World Athletics o notificou sobre os perigos de comprar suplementos de farmácias de manipulação brasileiras.

Durante o julgamento, Thiago alegou ter confiado nas orientações da nutricionista Gisele Darós, indicada pela agência de Neymar. A AIU argumentou que o atleta confiou cegamente nas instruções sem realizar pesquisa adicional.

A situação destaca a importância da vigilância e do cuidado ao consumir suplementos, mesmo quando recomendados por profissionais de saúde, especialmente considerando os riscos potenciais de contaminação.

 

Foto: COB