Após comentário com ‘linguagem homofóbica’, Papa Francisco pede desculpas: ‘quem sou eu para julgar?’
Nesta terça-feira (28), o Vaticano divulgou um comunicado afirmando que o Papa Francisco não teve a intenção de utilizar uma “linguagem homofóbica”, pedindo perdão àqueles que tenham se sentido ofendidos.
A declaração do Vaticano ocorre após dois veículos da imprensa italiana divulgarem que o Santo Padre teceu comentários de caráter homofóbico em uma reunião privativa na semana passada. Segundo conta, o Papa Francisco teria falado aos bispos italianos para não permitirem que homens homossexuais treinassem para o sacerdócio.
Na segunda-feira (27), os veículos de imprensa Corrie della Sera e La Repubblica, citando fontes de dentro da reunião, relataram que o papa utilizou a palavra “frociaggine” – termo esse que, em uma tradução livre, se nivela à expressão “viadagem” em português. Termo esse que é usado para descrever a comunidade LGBTQIA+ de forma pejorativa.
Ao longo dos seus 11 anos de papado, o sumo pontífice, de 87 anos, fez declarações e aberturas à comunidade LGBTQIA+.
“Se uma pessoa é gay e busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”, declarou Francisco em seu primeiro ano como Papa.
Em 2023, ele permitiu que padres abençoassem casais do mesmo sexo, o que causou certa revolta da ala mais conservadora da Igreja Católica.
Créditos da imagem: Divulgação
Por: Rafael Ajooz