Comissão da Câmara dos Deputados aprova ação de repúdio contra show da Madonna

Nesta quarta-feira (22), a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou, uma moção de repúdio contra o show da Madonna, realizado no dia 4 na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio. De acordo com o texto, o espetáculo promoveu “vilipêndio à fé da maioria da população brasileira” e “forte conteúdo erótico”.

Também foram mencionadas no requerimento as cantoras Anitta e Pabllo Vittar que participaram da apresentação e o prefeito da capital do Rio, Eduardo Paes (PSD) e o governador do Estado, Cláudio Castro (PL), alegando que eles assinaram os contratos e investiram no show, permitindo que ele ocorresse.

O documento é de autoria dos parlamentares Clarissa Tércio (PP-PE) , Cristiane Lopes (União-RO), Chris Tonietto (PL-RJ), Dr. Allan Garcês (PP-MA) e Júlia Zanatta (PL-SC).
“O caráter erótico e de inspiração pornográfica de suas coreografias – que simulavam posições sexuais e verdadeiras orgias no palco -, além de torná-las impróprias à audiência mais jovem da apresentação – que foi transmitida em rede nacional, sendo acompanhada por milhões de brasileiros de todas as idades, inclusive crianças -, ofende gravemente os princípios morais da maioria da população brasileira, e mesmo o mínimo padrão de decência necessário a uma convivência social harmoniosa”, afirma passagem do requerimento.
O Congresso Nacional define ação de repúdio como “uma espécie de requerimento que visa expressar a manifestação da Casa Legislativa em razão de um fato que cause repúdio, louvor, apoio, desconfiança, solidariedade, regozijo, entre outros”. Sendo assim, ela não tem efeitos práticos.
Segundo estimativas da Riotur, o show da Madonna registrou um público de 1,6 milhão de pessoas, gerando mais de R$ 300 milhões para a economia estadual, conforme dados do governo do Rio de Janeiro.
Crédito da imagem: Divulgação
Por: Rafael Ajooz