Prefeitura do Rio anuncia projeto do Parque do Porto, nova orla de lazer e cultura

A Prefeitura do Rio de Janeiro revelou planos para a criação do Parque do Porto, uma nova orla dedicada ao convívio público, lazer, cultura e eventos. Este projeto visa revitalizar a Zona Portuária, abrindo a frente marítima da região para uso da população. O Parque do Porto será construído em duas etapas e incluirá um novo píer para navios de cruzeiro.

O parque terá um forte componente ecológico e sustentável, contando com praças flutuantes, áreas verdes, hortas comunitárias, quadras poliesportivas, ciclovias, um museu a céu aberto, espaços para eventos e instalações para tratamento de água e resíduos. Uma longa via suspensa para pedestres e ciclistas será outra atração do local. A prefeitura está em negociações com o governo federal para a cessão das áreas necessárias e para a adequação das atividades portuárias.

O prefeito Eduardo Paes explicou que a inspiração vem do Parque do Flamengo, mas com uma abordagem moderna e ecológica, evitando aterros e respeitando o meio ambiente. O conceito das praças flutuantes segue o exemplo de Nova York, onde o projeto “Little Island” transformou o Rio Hudson em uma atração popular.

“Queremos um parque inovador e sustentável, adaptado às questões da elevação do mar. Nossa meta é criar um espaço público de qualidade, comparável ao Parque do Flamengo, mas sem os impactos ambientais negativos.” afirmou Paes.

O projeto, apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está sendo desenvolvido em parceria com o Ministério dos Portos e Aeroportos e a autoridade portuária PortosRio. O objetivo é consolidar a revitalização da Zona Portuária e devolver a frente marítima da Baía de Guanabara à cidade.

Além disso, a criação de um novo píer para navios de turismo e a transferência da área alfandegada permitirão a ocupação dos antigos galpões com atividades comerciais, abrindo a área do cais à circulação pública.

A primeira etapa do Parque do Porto, desde a Praça Mauá até o Armazém 7, deve ser licitada e iniciada até o final de 2024. A segunda etapa incluirá as Ilhas de Santa Bárbara e Pompeba, que serão recuperadas ambientalmente e integradas ao parque. A Prefeitura do Rio negocia a cessão dessas ilhas com o governo federal. Uma das propostas é criar um museu a céu aberto na Ilha da Pompeba, semelhante ao Inhotim, acessível por barcos.

“Apresentei o projeto ao presidente Lula e ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Estamos avançando com as negociações com a autoridade portuária. O porto do Rio é crucial para a cidade, e todas as etapas serão discutidas e acordadas”, completou Paes.

O Porto Maravilha está em fase de grandes lançamentos imobiliários, atraindo novos moradores para a região. Até meados de 2024, os primeiros residentes dos novos empreendimentos começarão a ocupar suas casas, aumentando a população da Zona Portuária em cerca de 27 mil pessoas. Este processo de adensamento trará mais serviços e uma vida urbana ativa 24 horas na região.

 

Foto: Divulgação Prefeitura do Rio