SUS libera doses para vacinação contra Dengue para 625 municípios
Nesta sexta (26), os estados de Alagoas, Ceará, Sergipe, Piauí, Mato Grosso e Rio Grande do Sul vão receber vacinas contra a Dengue. Segundo informações dada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, nesta quinta-feira (25), as novas regiões foram definidas de acordo com a lista de prioridades já pactuada no início do ano.
“A distribuição provavelmente começa amanhã. Os municípios sabem que eles vão receber, e aí já começam a preparação”, explicou.
Até a última terça-feira (23), foram enviadas 1.682.139 doses de vacinas, com o registro de aplicação de 810.686 doses. Em abril, foram registradas 117.530 aplicações da vacina, o que mostra uma redução significativa em relação a março. Segundo a secretária, a queda pode ser explicada pelo atraso no registro da aplicação pelos municípios.
“Alguns municípios fazem a vacinação e usam sistemas próprios, então demoram para enviar dados para a rede nacional de saúde”, diz.
A vacinação contra a dengue, conhecida como Qdenga, foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em janeiro deste ano. Desde então, as doses têm sido distribuídas aos estados de forma gradual, dando prioridade aos centros urbanos com alta taxa de transmissão da dengue.
O imunizante é considerado seguro para crianças com mais de quatro anos e para adultos com até 60 anos . A vacina não tem estudos para avaliar a eficácia e a segurança da vacina fora dessas faixa etária.
Pode tomar a vicina quem já teve dengue e também quem nunca foi infectado. A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses.
O número de casos prováveis de Dengue chegou a 3.852.901 nos quatro primeiros meses de 2024. Os óbitos confirmados no período pela doença somaram 1.792, além de 2.216 mortes em investigação.
O Ministério da Saúde já se prepara para que o novo aumento de casos de Dengue comece a acontecer a partir de novembro deste ano. Segundo a secretária Ethel, assim como houve uma antecipação no pico de casos neste ano, é possível que isso ocorra também em 2025.
“Teremos um tempo pequeno de preparação porque neste momento os nossos modelos matemáticos entendem que a gente pode começar a epidemia de 2025 em novembro de 2024. Então, estamos atuando na epidemia atual e já nos preparando por conta de um curto espaço que teremos entre a epidemia de 2024 e 2025”, disse a secretária.
Por: Carolina Cordeiro
Imagem: Internet