No mercado de aviação, Azul estuda compra da Gol

Em um mercado já concentrado, com a participação de apenas três empresas, a Azul acena com a possibilidade de fazer uma oferta para a aquisição da Gol, atualmente em recuperação judicial. Essa é uma notícia ruim, uma vez que a fusão de duas das três empresas que atuam no mercado doméstico de aviação acentuará ainda mais as opções de ofertas e, portanto, concorrência. Juntas, Azul e Gol passam a deter 60,8% do volume de passageiros transportados, conforme dados de 2023 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Para a Azul, a possibilidade ampliar sua posição em alguns dos aeroportos mais cobiçados do país é um atrativo. Atualmente, a presença da Gol é bem maior em Congonhas e Guarulhos, duas das principais joias do mercado aéreo do país. Para se ter uma ideia, em Congonhas, a diferença de tamanho entre as duas é de três vezes, e, em Guarulhos, quatro. A Gol ainda possui mais operações em Brasília e no aeroporto do Galeão.

A motivação vem pelo fato do preço da Gol estar baixo, devido ao fato da companhia fundada por Nenê Constantino se encontrar em recuperação judicial. Nas últimas semanas, o valor da companhia chegou a cair em 60%.

Mas, para que o negócio vá adiante, é necessário agradar acionistas, credores e principalmente o Cade, órgão que regula a concorrência nos mercados nacionais.

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