Lixo químico da CSN ameaça integridade do rio Paraíba do Sul e do abastecimento

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deposita, todos os dias, cerca de 100 caminhões de resíduo siderúrgico em Volta Redonda, no sul Fluminense. A escória de aciaria, que é considerado um lixo químico, está empilhado há aproximadamente 50 metros do leito do rio Paraíba do Sul. Esse acúmulo é uma grande preocupação para autoridades e a população. Caso as substâncias entrem em contato com a água do rio, o desastre ambiental pode ser enorme, visto que este abastece, diariamente, 9 milhões de pessoas no Rio e grande Rio.

“Há risco real de desastre iminente tanto nas barragens de rejeitos de mineração, como na estocagem precária e extremamente insegura de enormes pilhas (montanha) de lixo químico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da empresa norte-americana HARSCO Metals. Elas que mantêm, ilegalmente e a apenas 50 metros da superfície das águas do rio Paraíba, um volume estimado em mais de 4 milhões de toneladas de escória de aciaria, resíduo oriundo do processo de produção da CSN. Diariamente, a HARSCO Metals continua depositando 100 caminhões de escória neste local. A pilha de lixo químico tem mais de 30 metros de altura e uma extensão de mais de 270 mil m2 na beira do rio que abastece 9 milhões de pessoas por dia”, afirma Sérgio Ricardo, do Movimento Baía Viva.

Foto: Fernanda Dias

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