Relatório aponta influência do racismo em abordagem policial e processo por tráfico

Segundo relatório produzido pela Iniciativa Negra, Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas e apoio do Núcleo Especializado de Situação Carcerária (Nesc) da Defensoria Pública do Estado a maioria dos processos por tráfico de drogas em São Paulo são jovens, negros, pobre e moradores de periferia.

“Esse desequilíbrio em uma atuação a partir de um estereótipo, do racismo institucional ou estrutural, é uma questão que vai perpassando vários momentos do processo e da acusação dessa pessoa. A partir dessa abordagem policial, que diversos movimentos e pesquisadores têm questionado há muito tempo, [haverá] um perfilamento que vai ser racializado e definir o público alvo prioritário de abordagem policial. E vai ter como resultado também o desequilíbrio de representação racial no judiciário brasileiro”, afirmou a coordenadora de articulação e incidência política da Iniciativa Negra, Juliana Borges. 

O documento ainda afirma que a população negra corre mais risco de sere presa durante patrulhamento (56%), investigação por denúncia anônima (52%) ou por crimes relacionados à Lei de Drogas, por outro lado, a maioria dos brancos são presos em operações policiais (63%).  

Foto: Eduardo Anizelli 

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