Eleição de Milei pode mudar relação industrial automotiva entre Brasil e Argentina

Por Igor Serrano

Com a vitória de Javier Milei (à direita na foto, ao lado do atual presidente argentino, Alberto Fernández) nas eleições argentinas, nos últimos dias, as relações com o Brasil, especificamente com a indústria automobilística do país, podem mudar significativamente se as promessas de governo do presidente eleito forem colocadas em prática. Durante sua campanha, Milei defendeu ser a favor de renegociar os termos do Mercosul, bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, para os países seguirem com os acordos de livre comércio entre si, mas eliminando a Tarifa Externa Comum (TEC), que é um imposto cobrado pelos integrantes do grupo para importação de países de fora do bloco. Sem o TEC, seria possível criar acordos comerciais com outros países de fora do Mercosul.

A questão interessa diretamente as indústrias automobilísticas de Brasil e Argentina, já que uma é a maior cliente da outra. Apenas em 2022, a cada 10 carros importados pela Argentina, 8 foram produzidos em solo brasileiro. No ano, foram ao todo 137.135. Milei também tem como proposta acordos de livre comércio e zerar o imposto de importação com outros países. Se isso virar realidade, o Brasil poderia perder competitividade, por exemplo, para a indústria automobilística do Chile.

Foto: Reprodução

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