Redução do Ártico pode ressuscitar doenças congeladas

O aumento contínuo das temperaturas no polo Norte está reduzindo o chamado permafrost, camada do subsolo que se manteve congelada por milhares de anos. Ali, “residem” uma série de vírus, que em função das baixas temperaturas (somadas a ausência de luz e oxigênio), estiveram em estado de suspensão por milhares de anos, mas que agora podem voltar a ficar ativos.

Estudos realizados desde 2012 vem conseguindo trazer de volta à vida diversos microrganismos congelados encontrados na região. Pesquisas lideradas pelo médico francês Jean-Michel Claverie já obtiveram sucesso em reativar dezenas de vírus, alguns deles infecciosos e que estavam inativos por mais de 30 mil anos.

A preocupação da comunidade científica está no fato de existirem no permafrost milhares de microrganismos congelados, que se ativos são capazes de infectar os seres humanos gerando doenças para as quais os organismos não têm defesa.

O permafrost representa 20% do hemisfério norte, estando presente nas regiões de tundra e de florestas boreais do Alasca, Canadá e Rússia.

Imagem: Julia Bartoli/Chantal Abergel/IGS/CNRS/AMU