#DiaMundialdaAlfabetismo: no Brasil, o 8 de setembro visa a melhora no ensino básico

O Dia Mundial da Alfabetização foi criado em 8 de setembro de 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 2023, a celebração completa 56 anos. 

No cenário brasileiro, a pesquisa Alfabetiza Brasil, com base nos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aponta uma preocupante realidade: mais de 56% dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental não possuem as habilidades de leitura, escrita e matemática adequadas para sua idade. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que a taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais alcançou 5,6% em 2022, afetando aproximadamente 9,6 milhões de indivíduos. 

Em resposta a essa crise educacional, o Dia Mundial da Alfabetização fornece uma plataforma global para refletir sobre o papel crucial da alfabetização na construção de sociedades mais inclusivas, pacíficas, justas e sustentáveis. No Brasil, o governo tem implementado iniciativas significativas, como o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que visa garantir a alfabetização de todas as crianças brasileiras até o final do 2º ano do Ensino Fundamental, com um investimento estimado em R$ 3 bilhões até 2026.  

Em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) instituiu metas para melhorar a qualidade do ensino do Brasil, incluindo a erradicação do analfabetismo até 2024. Porém, as metas para o ano de 2015 só foram batidas em 2020. Segundo o artigo ‘É possível erradicar o analfabetismo absoluto no brasil até 2024?’, escrito pelo pesquisador Bolivar Alves Oliveira e publicado pelo Inep, o autor concluiu, após analisar os dados de 2021, que: “o fenômeno do analfabetismo absoluto ainda persistirá em todas essas populações etárias”.

A adesão limitada a programas de alfabetização e a necessidade de abordar o tema em todas as idades, destacam a importância contínua de esforços globais e nacionais para assegurar que todos tenham acesso às habilidades de leitura, escrita e matemática essenciais para uma participação plena na sociedade. 

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