BioParque do Rio reabre após confirmação de primeiro episódio de gripe aviária em aves domésticas

O BioParque do Rio retoma suas atividades nesta quinta-feira (24) após a confirmação dos primeiros casos de gripe aviária em aves domésticas no estado. A contaminação foi detectada em nove galinhas-d’Angola que morreram na área da Savana Africana do parque, localizada na Zona Norte da capital. O diagnóstico, realizado por um laboratório federal especializado em Campinas (SP), levou ao fechamento temporário da área afetada, que permanecerá interditada por 14 dias como medida preventiva.

O superintendente estadual de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes, destacou que o caso não representa risco imediato para a população, já que ocorreu em ambiente controlado e não envolve granjas comerciais ou criadouros de subsistência.

“O risco de contágio para humanos é praticamente nulo, pois a transmissão exige contato íntimo com secreções ou vísceras das aves”, explicou Moraes, lembrando que o Brasil nunca registrou casos de transmissão para pessoas.

Quinze funcionários que atuavam na área contaminada estão sendo monitorados e, caso apresentem sintomas, serão encaminhados para avaliação na Fiocruz ou no Laboratório Noel Nutels. As demais aves do parque, mantidas em ambientes telados sem contato com aves silvestres, não apresentam sinais clínicos da doença.

A reabertura foi decidida em conjunto por representantes da Superintendência de Defesa Agropecuária, Ministério da Agricultura, Secretaria Estadual de Saúde e ICMBio. A Savana Africana só será liberada para visitação após o período de quarentena, desde que não haja novos casos. Até o momento, os 31 registros anteriores de Influenza Aviária no estado haviam ocorrido apenas em aves silvestres migratórias, tornando este o primeiro episódio envolvendo aves domésticas no Rio de Janeiro.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Globo Repórter