Deputado Hugo Motta é acusado de empregar familiares e funcionária fantasma com verba pública

A Câmara dos Deputados desembolsou R$ 807.500 à fisioterapeuta Gabriela Batista Pagidis, oficialmente lotada no gabinete do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), desde junho de 2017. No entanto, ela era vista exercendo sua profissão em clínicas de Brasília, trabalhando como fisioterapeuta em duas unidades e publicando fotos em academia e no Zoológico, em horários em que deveria estar em Brasília cumprindo expediente.

Além dela, quatro parentes, mãe, irmã, tia e primo também foram nomeados no gabinete desde 2011, e juntos receberam mais de R$ 2,8 milhões da Câmara. Não há evidências de que esses parentes exercessem atividades compatíveis com o cargo.

Além desse caso, Hugo Motta emprega Ivanadja Velloso Meira Lima, secretária parlamentar que responde a processo por improbidade administrativa por suposto uso de verba pública em benefício próprio, pela nomeação de um funcionário fantasma em 2005–2009 no gabinete de outro deputado.

A assessoria de Hugo Motta defendeu o regime de teletrabalho e garantiu que os funcionários seguem regras da Câmara, mesmo sem controle de ponto tradicional. Até o momento, nem os acusados nem o deputado se pronunciaram além dessas notas.

Por: Carolina Sepúlveda 

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados