Dona Ruth quebra silêncio sobre regra da Justiça que impede de passar mais de cinco dias com neto Léo: ‘Isso é cruel’

A disputa pela guarda de Léo, filho de Marília Mendonça e Murilo Huff, ganhou novos desdobramentos nas últimas semanas. Desde o dia 11 de junho, o processo que até então era resolvido de forma amigável entre o cantor e a avó materna, Dona Ruth Moreira, passou a ser conduzido judicialmente, após Murilo solicitar a guarda unilateral da criança. No dia 30 de junho, em uma audiência de conciliação realizada no Fórum de Goiânia, foi concedida a guarda provisória ao pai, gerando reações emocionadas e desabafos por parte da mãe de Marília.
Em entrevista à imprensa, Dona Ruth revelou que a Justiça determinou regras rígidas sobre a convivência com o neto, como a proibição de passar mais de cinco dias consecutivos com ele. “Se eu quiser viajar com ele, só posso passar cinco dias. Se o pai quiser levar ele para algum lugar, também só pode cinco dias. Então, isso é cruel, tanto com ele quanto conosco”, afirmou emocionada. Com a nova decisão provisória, as visitas da avó ao neto agora são limitadas a apenas dois finais de semana por mês, o que ela considera insuficiente e prejudicial ao vínculo que construiu com Léo desde a morte da filha, em novembro de 2021.
Apesar do processo correr sob segredo de Justiça, Dona Ruth divulgou uma nota oficial em que reforça que sua prioridade é o bem-estar de Léo. “Não vou me manifestar sobre os detalhes do processo, mas posso afirmar que minha única motivação é garantir que ele cresça rodeado de amor, cuidado e estabilidade”, declarou. Ela ainda revelou que pretende recorrer da decisão com urgência, alegando que está revivendo o luto com todo esse processo. “Estamos vivendo tudo de novo. Quando penso no coraçãozinho dele, eu choro. Ele é uma criança muito amada por todos nós”, desabafou.
A disputa, no entanto, não se limita à questão da guarda. Dona Ruth também acusou Murilo de nunca ter contribuído com pensão alimentícia desde a morte de Marília. Em resposta, o cantor usou as redes sociais para publicar documentos que comprovariam os custos mensais com o filho. Entre os gastos apresentados, estão valores com escola (R$ 2.600), plano de saúde (R$ 1.200), psicóloga (R$ 2.800), babá/enfermeira (R$ 5.000), aulas de bateria, sessões de terapia, além de um tratamento para diabetes, doença que teria sido detectada por Dona Ruth. Ao todo, os custos ultrapassariam R$ 15 mil mensais. Murilo também afirmou que já arcou com matrículas escolares e sessões terapêuticas com antecedência.
Além disso, segundo informações da colunista Mariana Morais, do Correio Braziliense, o pedido de guarda unilateral por parte de Murilo pode ter sido motivado por denúncias feitas por uma ex-funcionária da casa de Dona Ruth, embora detalhes não tenham sido oficialmente confirmados. O advogado da avó de Léo, por sua vez, declarou que irá tomar as medidas cabíveis e criticou a decisão judicial que retirou dela o convívio contínuo com o neto, considerando-a “insensível” e prejudicial ao emocional da criança.
O caso segue em trâmite judicial e, nas próximas etapas, devem ser realizadas perícias psicológicas, produção de provas e novas audiências para avaliar o melhor arranjo para a guarda definitiva. Até lá, a guarda de Léo permanece provisoriamente com o pai, Murilo Huff, enquanto Dona Ruth promete continuar lutando pelo direito de manter uma convivência próxima com o neto.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: Reprodução Internet