Uso de cigarros eletrônicos no Brasil atinge maior nível desde 2019

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revelou que, em 2024, 2,6% dos adultos brasileiros fizeram uso de cigarros eletrônicos, o maior índice desde 2019, quando esse dado começou a ser monitorado. A informação foi divulgada com base em dados do Vigitel, pesquisa feita por telefone nas capitais do país. O crescimento preocupa porque mostra que mais pessoas, principalmente jovens de 18 a 24 anos, estão sendo atraídas por esses dispositivos, mesmo com a venda dos dispositivos proibida no Brasil.

O número faz parte de um levantamento mais amplo que apontou também um aumento no total de fumantes adultos, o primeiro desde 2007. No ano passado, mais de 19 milhões de brasileiros se declararam fumantes. Entre eles, os homens são a maioria. O Ministério da Saúde chama atenção para os riscos do cigarro eletrônico, que também causa doenças graves, como problemas no pulmão, no coração, além de câncer e mortes evitáveis.

“Uma das ações fundamentais é manter a RDC (explicar o que é) da Anvisa. O Brasil tem um patamar cinco, seis, até sete vezes menor de uso desse dispositivo do que países que liberaram a utilização. Então, mostra o acerto da Anvisa da sua RDC e, junto com isso, campanhas do Ministério da Saúde, dos estados, até buscar atingir esse público. Nossa campanha, junto com a OPAS, tenta chegar mais próximo desse público, através das redes sociais, dos instrumentos que esse público utiliza”, afirma Padilha.

As autoridades reforçam que o uso desses dispositivos, mesmo sendo ilegal no país, ainda cresce por conta da aparência moderna e da falsa ideia de que eles fazem menos mal. Mas os dados mostram o contrário. Além disso, o custo das doenças causadas pelo tabaco já ultrapassa 150 bilhões de reais por ano. Para tentar frear esse avanço, o governo aposta na fiscalização, no aumento de impostos sobre os cigarros comuns e em campanhas voltadas principalmente para os mais jovens.

Por: João Pena
Foto: Reprodução / Internet