Niterói pode batizar trecho de avenida com nome do jornalista Luiz Antônio Mello

A Câmara Municipal de Niterói recebeu nesta quinta-feira (29) um projeto de lei que propõe batizar um trecho da Avenida Visconde do Rio Branco com o nome do jornalista, radialista e escritor Luiz Antônio Mello, falecido em 30 de abril deste ano aos 70 anos. A proposta é de autoria do vereador Michel Saad (Podemos).

O trecho a ser renomeado fica no Centro da cidade, entre a Praça Juscelino Kubitschek e a futura Sala Nélson Pereira dos Santos, que abrigará o Museu do Cinema no bairro São Domingos.

O projeto será lido em plenário na próxima semana e, em seguida, começará a tramitar pelas comissões permanentes da Casa. Se aprovado pelos vereadores, seguirá para sanção do prefeito Rodrigo Neves.

O Poder Executivo municipal deverá promover as alterações necessárias nas placas de sinalização e mapas oficiais para batizar um trecho da cidade como “Jornalista Luiz Antônio Mello”. A escolha do local levou em conta sua relevância cultural e social para a comunidade.

Em 1981, Luiz Antônio Mello ao lado de Samuel Wainer Filho, revolucionou o cenário musical ao desenvolver o projeto “Maldita” na Rádio Fluminense FM, plataforma essencial para o surgimento de bandas icônicas como Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Com uma equipe que incluía nomes como Amaury Santos e Sérgio Vasconcellos, o projeto se tornou referência no rock nacional.

Sua trajetória inclui passagens por importantes veículos de comunicação, como Rádio Federal, Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e o jornal Última Hora. Em 2005, participou ativamente da fundação da Bandnews FM no Rio de Janeiro. Como colunista, colaborou com periódicos como O Pasquim, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Jornal Opinião e Folha de Niterói, assumindo em 2021 o cargo de editor do jornal A TRIBUNA.

Além de seu trabalho jornalístico, Luiz Antônio Mello foi autor de obras significativas, incluindo “Nichteroy, Essa Doída Balzaquiana” (1988), “A Onda Maldita” (1992), “Torpedos de Itaipu” (1995), “Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo” (1996), “Jornalismo na Prática” (2006) e “5 e 15, Romance Atonal Beta” (2006).

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Reprodução/Mariana Vianna