Tecnologia de Ovnis pode ser usada por grupos terroristas, alerta ex-funcionário do Pentágono

Luis Elizondo, ex-funcionário do Pentágono e ex-líder do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) dos Estados Unidos, declarou em uma entrevista à CNN que teme que grupos terroristas possam controlar a tecnologia reversa desenvolvida a partir da detecção de objetos voadores não identificados (Ovnis) e fabricar armas.

Escritor de “Iminente – Os bastidores da caçada do Pentágono a óvnis”, um livro que narra sua experiência à frente do AATIP do Departamento de Defesa americano. Lançado em abril pela editora Harper Collins no Brasil, este livro apresenta detalhes dos estudos realizados pela equipe de Elizondo e suas tentativas de dar destaque ao assunto, que ainda sofria fortes pressões vindas da religião e das corporações norte-americanas do ramo aeroespacial.

O escritor argumenta que, além do estigma social relacionado aos Ovnis, as autoridades governamentais costumam ocultar suas descobertas nesse campo em benefício da segurança nacional.

“É um risco significativo à segurança nacional. Sabemos que a China e a Rússia já têm seus próprios programas de Ovnis, assim como os Estados Unidos”, afirma o ex-oficial. “Além disso, você pode imaginar um estado pária como a Coreia do Norte tendo esse tipo de tecnologia e sendo capaz de usá-la, certo? Isso é assustador.”

“Tenho mais medo disso do que da Rússia ou da China terem a tecnologia. Para mim, o medo é ter algum tipo de ator desonesto ou ator não-estatal ou organização terrorista tendo essa tecnologia.”

Segundo ele, é estratégico que o Departamento de Defesa tenha sufocado a publicidade das descobertas obtidas com a recuperação de Ovnis nos Estados Unidos justamente para evitar que houvesse mais fiscalização e debate no Congresso e no povo norte-americano como um todo. O AATIP, por exemplo, era um segredo que senadores e congressistas dos EUA desconheciam até poucos anos atrás.

“Certos elementos do meu governo têm tentado evitar há algum tempo essa supervisão. Países como esse não querem fazer divulgar ou anunciar que tipo de informação conseguimos obter com a recuperação de Ovnis. Mais importante ainda, se houver outro país mais avançado que nós, esse também é outro problema. Não gostaríamos de anunciar a um adversário que estamos necessariamente atrasados na pesquisa e desenvolvimento de Ovnis, certo?”

O estudo de Ovnis diz respeito aos objetos voadores avistados na atmosfera seja por radares, pessoas ou outros meios, que ainda não possuem explicação científica, por conta de sua forma ou característica de voo. Ainda não há, no entanto, evidência que suporte a tese de que Ovnis são produto de algum tipo de vida extraterrestre.

Por: Carolina Sepúlveda 

Foto: REUTERS/Henry Romero