Procrastinação diária pode estar ligada a emoções difíceis e baixa autoestima

Estudos mostram que muitas pessoas adiam tarefas durante o dia porque enfrentam emoções difíceis, segundo especialistas em comportamento. O hábito de deixar tudo para depois pode acontecer em casa, no trabalho ou nos estudos, e é mais comum do que se imagina. Mesmo tarefas simples, como responder um e-mail ou lavar a louça, acabam sendo deixadas de lado quando o foco está baixo ou o medo de errar aparece. Entender o motivo da procrastinação é o primeiro passo para mudar.
A procrastinação não acontece porque a pessoa é preguiçosa. Na maioria das vezes, ela surge como uma forma de fugir de sentimentos ruins ou de responsabilidades. Tarefas difíceis ou que trazem lembranças dolorosas, como organizar algo de alguém que morreu, por exemplo, geram ansiedade e geralmente são evitadas. O mesmo vale para quem tem medo de falhar ou acha que precisa ser perfeito. Em alguns casos, essa dificuldade em começar ou terminar algo pode até ser um sinal de TDAH.
Além disso, a distração constante com celular, redes sociais e notificações também colabora para o adiamento das tarefas. Muita gente sente alívio momentâneo quando evita uma obrigação, mas isso costuma trazer culpa e estresse depois. Para lidar com isso, é importante reconhecer o problema, dividir as tarefas em partes menores, cortar as distrações e se permitir pequenas recompensas ao longo do dia. Buscar ajuda também pode ser essencial quando a procrastinação afeta a vida pessoal e profissional.
Organizar prioridades, encarar uma tarefa de cada vez e ser mais gentil consigo mesmo são atitudes simples, mas que ajudam muito no dia a dia. Saber que não está sozinho e que há formas de mudar esse hábito já é um bom começo. Afinal, todos procrastinam em algum momento, o que realmente é importante é aprender a lidar para que não se torne algo parecido com um ciclo ou vício.
Por: João Pena
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