Tesouro IPCA+ 2025 vence nesta quinta (15) e libera R$ 155 bi para reinvestimento

Informações do Banco Central indicam que hoje vencem R$ 155,5 bilhões em títulos do Tesouro vinculados à inflação, o IPCA+, com vencimento em 2025. Com o lucro em mãos, o investidor que não necessita do dinheiro no momento pode reinvestir o montante obtido, aumentando assim o rendimento.
Diante de um cenário macroeconômico ainda turbulento, com a taxa básica de juros em 14,75% ao ano, investimentos em renda fixa se tornam ainda mais atraentes e rentáveis. E podem até mesmo dar retornos mais positivos do que na época em que os títulos em vencimento foram comprados.
Para analistas, os títulos públicos continuam atraentes, mas as opções variam conforme o prazo que se tenha em mente. Para Michael Viriato, sócio da Casa do Investidor, os pós-fixados, como o Tesouro Selic, são boa escolha:
“Para prazos de até cinco anos, é melhor ficar no (Tesouro) Selic. Dada a incerteza do cenário, o mais recomendado é ser conservador”, diz Viriato.
Ele observa que os juros negociados no mercado já refletem chances maiores de que a Selic tenha alcançado seu patamar máximo no atual ciclo de alta e que permaneça em 14,75% por algum tempo. Com isso, este título, que persegue a taxa básica, tende a ser um “protetor” da carteira:
“É considerado nossa zona segura. Serve muito bem aos momentos de incerteza”, afirma Larissa Frias, planejadora do C6 Bank, apontando que a liquidez desse papel (o tempo que leva para sacar o dinheiro antes do vencimento, se necessário) é imediata.
Por conta do movimento de previsão de juros menores à frente, ainda que distante no tempo, Larissa afirma que os títulos atrelados à inflação, como os que vencem hoje, tornam-se interessantes por conta da proteção contra o aumento de preços:
“É o título que consegue colher melhor o impacto dos juros altos e inflação dando trabalho. E acaba sendo beneficiado em momento de queda de juros”, diz Larissa, lembrando que a opção é interessante para prazos mais longos.
Na renda fixa privada, o leque também é grande. É possível encontrar Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que rendem 100% do CDI (taxa bem próxima à Selic) ou até mais, segundo Larissa, já que as taxas tendem a ser mais atraentes que as do Tesouro. Outra opção são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), que são isentas de Imposto de Renda. Mas ela alerta que é necessário estar atento ao prazo dos títulos.
Para quem não quer diversificar, “colocando os ovos em diferentes cestas”, a pedida é apostar nos fundos de renda fixa, diz Larissa:
É ideal para quem está começando agora, afinal a renda fixa tem suas particularidades, além de possuir gestão profissional.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: Reprodução