Vídeo inédito exibido em julgamento mostra Diddy agredindo ex-namorada em corredor de hotel na Califórnia

Imagens de câmeras de segurança exibidas nesta terça-feira (13) em tribunal federal dos Estados Unidos reacenderam o escândalo envolvendo o rapper Sean Diddy Combs e sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura. O vídeo, gravado em 2016 no Hotel InterContinental, na Califórnia, mostra Diddy agredindo Cassie no corredor do estabelecimento, episódio até então mantido sob sigilo.
As cenas, registradas por cerca de 15 minutos, exibem Cassie tentando sair do hotel, visivelmente abalada, descalça e vestindo moletom. Diddy aparece momentos depois, correndo atrás da cantora, puxando-a com violência pelo capuz e arrastando-a de volta ao quarto. Em seguida, retorna com os pertences dela e a confronta verbalmente, até que um segurança do hotel entra em cena.
Israel Florez, funcionário do hotel à época e hoje policial em Los Angeles, confirmou em depoimento que encontrou Cassie no chão, assustada, e afirmou ter recebido uma tentativa de suborno de Diddy para que não relatasse a agressão à polícia. Também foram apresentados registros fotográficos dos estragos no quarto ocupados pelo casal.
No tribunal, Cassie detalhou anos de abusos. Segundo a cantora, o rapper a obrigava a participar de festas com sexo e drogas, além de episódios de violência física e psicológica, incluindo estupro, humilhações públicas e banhos forçados com óleo de bebê.
“O que se viu no vídeo é apenas uma pequena parte do que vivi durante mais de uma década”, declarou.
A denúncia inicial foi apresentada por Cassie em novembro de 2023, mas encerrada no dia seguinte por meio de um acordo confidencial. Apesar disso, o episódio desencadeou investigações federais que resultaram em acusações formais contra Diddy, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual com uso de força e transporte para fins de prostituição.
O rapper nega todas as acusações. No entanto, a Justiça americana segue ouvindo testemunhas e apurando possíveis outras vítimas ou envolvidos em uma suposta rede de crimes sexuais.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: Arquivo OnBus