Polícia Civil realiza operação contra ameaças digitais que coloca em perigo crianças e adolescentes

A Polícia Civil, com apoio do Governo do Estado e de órgãos federais, realiza nesta quarta-feira (14) a segunda fase da Operação Adolescência Segura, que tem como alvo crimes cibernéticos praticados contra crianças e adolescentes. A ação acontece em cinco estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Até o momento, quatro mandados de internação provisória contra adolescentes infratores já foram cumpridos.
A investigação, conduzida com o suporte do Ciberlab, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, teve início em fevereiro, após a identificação de envolvidos em um ataque contra um morador de rua, transmitido ao vivo pela internet com uso de coquetéis molotov.
Segundo as autoridades, os investigados fazem parte de uma rede virtual criminosa que atua em plataformas como o Discord, promovendo desafios e competições ligadas a crimes de ódio. Entre os delitos praticados estão tentativa de homicídio, apologia ao nazismo, divulgação de pornografia infantil, além de incentivo à automutilação e ao suicídio.
“Investimos mais de R$ 4 bilhões em segurança pública para modernizar as polícias. A atuação da Polícia Civil, com uso de tecnologia e inteligência, é essencial para combater esses crimes virtuais que preocupam tanto as famílias”, destacou o governador Cláudio Castro.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo usa estratégias de manipulação psicológica para aliciar jovens, principalmente estudantes. As vítimas são levadas a cometer atos perigosos, como automutilação, ou ainda a invadir dispositivos eletrônicos. Dados e imagens são roubados e utilizados para ameaças.
“Essa operação é um passo importante na luta contra crimes digitais e reforça nosso compromisso com a proteção das crianças e adolescentes, como garante o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
A operação reforça o alerta sobre os riscos que crianças e jovens enfrentam no ambiente digital e a importância da atenção e diálogo por parte das famílias e das escolas.
Por: Carolina Sepúlveda
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