Fiocruz adota trabalho remoto após operação policial na Maré

Parte dos funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi colocada em trabalho remoto nesta terça-feira (13), após uma operação policial de grande porte no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, resultar na morte de Thiago da Silva Folly, o TH — apontado como chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) e um dos criminosos mais procurados do estado.
Com o avanço da violência nas imediações do campus de Manguinhos, onde fica o prédio histórico Castelo Mourisco, a instituição suspendeu as atividades presenciais não essenciais. A ação do Bope, que localizou TH em um bunker no Morro do Timbau, também causou impactos na mobilidade: a Linha Amarela foi interditada sete vezes ao longo do dia, prejudicando o trânsito em importantes vias expressas da cidade.
A decisão da Fiocruz coincidiu com a realização de um encontro interinstitucional, organizado pela própria fundação e universidades como a UFRJ e a UFF, para discutir formas de enfrentamento à violência armada no estado. A reunião foi mantida e ocorreu à noite na UFRJ, com o objetivo de propor soluções baseadas no conhecimento científico e no diálogo com comunidades afetadas.
Por: Maria Clara Corrêa
Imagem: Reprodução