Museu Nacional reabre parcialmente no dia 5 de junho após 7 anos do incêndio que destruiu acervo histórico

Após sete anos do incêndio que destruiu parte importante do patrimônio científico e histórico do país, o Museu Nacional reabre suas portas no próximo dia 5 de junho, de forma parcial. Localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, o espaço, conhecido carinhosamente pelos cariocas como “Museu da Quinta”, oferece agora uma prévia do que será a nova experiência completa, prevista para 2028.

O incêndio de 2018 destruiu coleções valiosas, como fósseis de dinossauros, múmias egípcias e milhares de documentos e livros raros. Desde então, o local passou por um extenso processo de restauração e modernização. Com a reabertura, o público poderá visitar três salas expositivas, incluindo uma dedicada ao esqueleto de uma baleia cachalote de 15 metros e 80 toneladas, encontrado no Ceará em 2014, e ao famoso meteorito do Bendegó, um dos poucos itens que resistiram ao incêndio.

A terceira sala trará peças ainda em definição, funcionando como um “aperitivo” do acervo que será completamente apresentado nos próximos anos. Além disso, a reabertura traz descobertas feitas durante as obras, como pinturas decorativas, pisos ornamentados e parte da antiga estrutura de uma capela do Brasil Império.

Entre os esforços de reconstrução, destaca-se a tentativa de restaurar o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, que foi fragmentado no incêndio. Outra conquista recente foi a incorporação de 14 mil novas peças ao acervo, como um manto tupinambá de mais de 300 anos, devolvido pelo Museu Nacional da Dinamarca.

A modernização do espaço inclui a instalação de um teto de vidro, novas tecnologias de preservação e uma área memorial no local onde o curto-circuito que causou o incêndio teve início. Ainda assim, cerca de 30% da verba necessária para a conclusão das obras, orçadas em mais de R$ 500 milhões, ainda não foi arrecadada.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Reprodução