Caso Diddy: Acusado de comandar rede de tráfico sexual, rapper pode ser condenado à prisão perpétua

A seleção do júri começou nesta semana no julgamento de Sean ‘Diddy’ Combs, conhecido como Diddy ou Puff Daddy, acusado de liderar uma organização criminosa envolvida em tráfico sexual, extorsão e outros crimes. O caso é baseado na lei federal norte-americana de extorsão (RICO), que permite acusações por atos cometidos ao longo de décadas.

Segundo os promotores, Combs utilizou sua equipe de seguranças, empregados e supervisores para organizar encontros sexuais coercitivos alimentados por drogas, subornar testemunhas, esconder vítimas e encobrir agressões. A promotoria afirma que o grupo manteve mulheres sob controle financeiro e físico por meio de subornos e ameaças.

Entre as principais testemunhas está Casandra Ventura, ex-namorada de Combs, que o processou em 2023 por abuso físico e sexual. O processo foi resolvido rapidamente, mas motivou a investigação criminal. Ventura deverá relatar casos de encontros sexuais forçados e um episódio registrado por câmeras de segurança em que foi agredida por Combs em um hotel, em 2016. Segundo os promotores, o vídeo foi comprado por US$ 100 mil para ocultar o caso.

Outras testemunhas incluem ex-funcionários que relataram abusos físicos e condições de trabalho precárias. Parte do grupo será tratada como vítima, enquanto outros podem colaborar com a acusação. A defesa nega todas as acusações, alegando que o governo tenta apresentar Combs como criminoso sem comprovar os elementos legais dos crimes.

Se condenado como chefe de organização criminosa, Combs pode pegar prisão perpétua.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Reprodução/Reuters