Camisa vermelha da Seleção Brasileira para Copa de 2026 provoca rixa politica

Uma suposta camisa vermelha e preta da Seleção Brasileira, que teria sido vazada nas redes sociais nesta semana, provocou reações políticas e acalorados debates no Brasil, após o site especializado Footy Headlines revelar, ainda em abril, como seria o segundo uniforme da equipe para a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México, gerando forte repercussão por fugir das cores tradicionais e por ser associada a disputas ideológicas.

A camisa número 2 da Seleção Brasileira, tradicionalmente azul, pode ganhar um visual inédito e ousado na próxima Copa do Mundo: vermelha, com calção preto e o logotipo da Air Jordan estampado. As imagens vazadas por um site especializado em uniformes de futebol viralizaram nas redes sociais, onde torcedores e políticos rapidamente se posicionaram a favor ou contra a mudança.

A Confederação Brasileira de Futebol e a Nike, patrocinadora oficial da seleção, negaram que o modelo vazado seja oficial. Em nota, a CBF afirmou que nenhum detalhe sobre os novos uniformes foi divulgado formalmente e que a linha ainda será definida em parceria com a fornecedora. O lançamento, segundo rumores, está previsto para março de 2026, meses antes do torneio começar.

A novidade reacendeu memórias de raras ocasiões em que a seleção vestiu vermelho no passado, como em partidas nos anos 1910 e 1930. No entanto, o novo uniforme se destacou menos pelo fator histórico e mais por seu simbolismo político. A cor vermelha foi imediatamente associada a partidos de esquerda, em contraponto ao amarelo, que se tornou símbolo de movimentos bolsonaristas.

Figuras como o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Arthur Maia protestaram publicamente, alegando que o vermelho não representa a identidade nacional. Do outro lado, internautas viram a mudança como uma oportunidade de resgatar o sentimento de pertencimento de torcedores que se afastaram da camisa amarela por seu uso político recente.

Mesmo entre parlamentares do campo progressista, como Randolfe Rodrigues, a proposta dividiu opiniões. Para ele, a identidade visual da seleção deve preservar as cores da bandeira. No meio do debate, a paixão pelo futebol se mistura com a política, evidenciando como até o uniforme de um time pode se tornar campo de disputa ideológica no Brasil atual.

Por: João Pena
Foto: Reprodução / X