Payet nega agressões e diz que práticas nas relações íntimas com advogada foram consensuais

O jogador francês Dimitri Payet afirmou à polícia, em depoimento prestado no dia 16 de abril na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, que manteve um relacionamento extraconjugal com a advogada Larissa Natalya Ferrari, mas negou qualquer tipo de agressão. A declaração foi dada durante o inquérito em que ele é acusado de violência física, moral, psicológica e sexual. Payet estava acompanhado por advogada e intérprete durante o depoimento.
Segundo o atleta do Vasco, a relação entre os dois começou em agosto de 2024, quando Larissa, torcedora do clube, passou a interagir com ele nas redes sociais. Payet admitiu as práticas descritas pela advogada, como jogos sexuais com elementos mais extremos, mas reforçou que tudo foi consentido e proposto por ela. Ele ainda disse que nunca foi informado sobre o transtorno de personalidade borderline que Larissa alega possuir.
De acordo com o jogador, os hematomas apresentados por Larissa teriam sido causados por práticas consensuais durante o sexo. Ele relatou que a advogada solicitava tapas e outras ações que poderiam deixar marcas devido à sensibilidade da pele dela. Payet afirmou também que, após se recusar a manter o relacionamento na França sob condição financeira imposta por Larissa, ela teria mudado de comportamento e ameaçado expor “segredos” se ele não a respondesse.
Larissa, por sua vez, afirma que continua buscando justiça e que não será silenciada pela fama do jogador. O Vasco da Gama informou, em nota oficial, que não foi notificado formalmente pelas autoridades, mas que acompanha o caso de perto. O clube destacou que Payet está colaborando com as investigações e que aguarda a conclusão do processo pelas autoridades competentes.
Por: João Pena
Foto: Reprodução / Vasco da Gama