Moraes mantém prisão de Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa por morte de Marielle

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (24) manter a prisão preventiva do conselheiro Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, acusados de participarem do planejamento do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.
Na decisão, Moraes afirmou haver elementos consistentes nas investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e reforçados pela delação premiada de Ronnie Lessa, autor confesso dos disparos que mataram Marielle e o motorista Anderson Gomes. “Indefiro o pedido formulado por Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior e mantenho a prisão preventiva dos réus”, escreveu o ministro.
Em junho de 2024, a Primeira Turma do STF tornou réus os principais envolvidos no caso. Além de Domingos e Rivaldo, também respondem criminalmente Chiquinho Brazão, irmão de Domingos e ex-deputado federal, o assessor Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, e o major Ronald Paulo de Alves Pereira.
Segundo o depoimento de Ronnie Lessa, o crime foi motivado por vingança política contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), com quem Marielle havia trabalhado como assessora. A prisão dos acusados foi realizada em março, em operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público do Rio e PGR.
No início deste mês, Moraes autorizou que Chiquinho Brazão cumprisse prisão domiciliar, mas manteve a detenção dos demais. A delação de Lessa teve o sigilo retirado, e ele foi transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) para o presídio de Tremembé (SP), onde seguirá detido.
Por: André Zamora
Foto: Reprodução/TV Globo