Advogada atribui marcas de agressão a Payet e diz que eles ‘mantinham relação de submissão’

Nas primeiras mensagens que Larissa Ferrari trocou com Dimitri Payet, em 2 de agosto de 2024, ela e o jogador passaram horas trocando flertes e contando sobre experiências sexuais antigas. Tanto o frânces quando a advogada disseram, sobre o que gostavam na hora do sexo. Sete meses depois, o ex-casal está envolvido em uma grande polêmica, uma série de denúncias feitas por ela. Larissa procurou a polícia do Rio e do Paraná e disse ter sido vítima de agressão física, psicológica, e “submetida a situações degradantes e humilhantes”.

Larissa acusa o jogador por agressão e ameaça “Eu era submissa, mas não era tão agressivo. E quando ele era submisso, porque ele também gostava de algumas coisas sexuais com ele, eu não era agressiva. Quando ele me batia ou algo assim, não ficava marcado, até que ele começou a ficar mais agressivo”, justifica.

Larissa afirma que, após dezembro, Payet começou a aplicar “punições” quando acreditava que ela havia cometido erros. Larissa recorda que eles tiveram uma grande briga por conta de ciúmes por parte do jogador. Chorando, ela diz ter se isolado no banheiro da casa onde sentou no chão, mas afirma que Payet a levantou, colocou de costas e transou com ela:

“Durante esses atos sexuais, ele fazia com muita força e me machucava, tanto na parte do ânus, quanto da vagina, e a minha boca também várias vezes machucava. Eu sempre ficava calada. Não falava para ele que eu não gostava porque sabia que se falasse, ia perdê-lo”. Outra fala mostra quão envolvida Larissa estava na relação dos dois, “Ele me pedia para beber minha própria urina, me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. É difícil falar e ver esses vídeos. Cheguei a beber água do vaso, eu não consigo acreditar, quando falo disso, não gosto nem de olhar para a câmera porque não consigo nem acreditar que fiz”, afirmou a advogada.

Larissa relata que realizou os pedidos de Payet porque, segundo ela, ele sabia que ela estava frágil emocionalmente. A advogada conta que é diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, e por isso, o atleta “aproveitava para ganhar vantagens sexuais”.

Algumas marcas na parte de baixo do meu corpo, por exemplo, na panturrilha e tornozelo, eram porque ele pisava. Ele pisou no meu rosto, cabeça e pernas. Ele sentia prazer em fazer isso. No bumbum, era durante esses momentos sexuais. Eram sempre punições. Ele sempre usava esse termo ‘punição’. Ele me fazia acreditar que eu era culpada e merecia ser punida. E eu acreditava. Só fazendo terapia percebi que eu não merecia. Em um desses dias de agressões, ele me segurou pelo braço e pelo pulso, me empurrava, tentando me afastar, e se tornava cada vez mais agressivo”, detalhou ela.

Segundo ela, as agressões vinham acompanhadas de xingamentos: “Ele me chamava de ‘vagabunda’, dizia que eu era ‘vagabunda igual a todas as brasileiras’, dizia que devia ter acreditado em tudo que falavam para ele na Europa. Ele dizia: ‘você está gostando disso? Porque você merece ser punida”. Em 30 de março, em União da Vitória, Paraná, Larissa denunciou na delegacia ameaças veladas de Payet, que teria enviado mensagens insinuando vigilância sobre ela após seu retorno à cidade.

Em dezembro, durante um encontro no Rio, Larissa afirma ter sido ameaçada por Payet dentro do carro a caminho da casa dele. Após esse episódio, ela relata que as agressões se intensificaram, deixando marcas visíveis, como mostra em sua denúncia. Diante da situação, decidiu expor o que viveu, priorizando sua segurança, mesmo sabendo que enfrentaria julgamentos.

Por: João Pena
Foto: Arquivo pessoal