Rede estadual realiza ações para combater bullying e promover a cultura de paz nas escolas

Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, celebrado na última segunda-feira (7), escolas da rede estadual do Rio de Janeiro estão desenvolvendo, ao longo de abril, uma série de ações para conscientizar os estudantes sobre o tema. As atividades pedagógicas fazem parte do calendário oficial da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ) e têm como objetivo incentivar a cultura de paz nas 1.233 unidades escolares do estado.
No Colégio Estadual Infante Dom Henrique, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, os alunos participaram de debates e produziram murais temáticos. Para Luís Henrique, de 16 anos, estudante da 2ª série do Ensino Médio, a iniciativa é fundamental.
— Essa pauta precisa ser discutida, porque o bullying acontece em muitos lugares, inclusive nas escolas. Essas ações nos ajudam a entender o que não devemos fazer — afirmou o estudante.
A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, reforçou a importância das atividades:
— É fundamental que promovamos uma cultura de paz em nossas unidades. O engajamento da comunidade escolar mostra o compromisso coletivo com um ambiente educacional mais seguro — destacou.
Já em Itaguaí, na Baixada Fluminense, o Colégio Estadual Ney Cidade promoveu uma roda de conversa e uma palestra com psicólogas sobre crises de ansiedade e estratégias de enfrentamento emocional. No próximo dia 10 de abril, o Colégio Estadual 2º Tenente BM Sérgio Rodrigues da Silva, em Cordeiro, no Centro-Sul Fluminense, também vai receber psicólogas e assistentes sociais para uma palestra sobre o combate à violência nas escolas.
Ferramentas e estudos para ampliar a prevenção
Como parte do Plano de Ações Integradas de Segurança e Cultura de Paz nas Escolas (SegPaz), a Seeduc implantou o Registro de Violência Escolar (RVE), ferramenta disponível na plataforma Conexão Educação. O sistema permite que as unidades escolares informem, de forma simples e rápida, casos de violência ou situações de risco. As ocorrências podem envolver bullying, racismo, agressões, furtos, entre outros tipos de violência.
De acordo com a secretária Roberta Barreto, o sistema é integrado a um núcleo de inteligência que aciona a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Conselho Tutelar quando necessário:
— Esse trabalho em conjunto possibilita uma atuação preventiva, garantindo a segurança da comunidade escolar — explicou.
Outro destaque é o estudo socioemocional realizado em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio). A pesquisa, que faz parte do projeto Edubem, está sendo realizada em 750 escolas da rede estadual e visa identificar as principais demandas psicológicas dos alunos, professores e demais profissionais da educação. A iniciativa conta com a participação de 630 pesquisadores e 59 coordenadores de campo, que percorrem os 92 municípios do estado.