Câmara do Rio vota criação de feriado em 7 de julho durante Cúpula dos Brics na cidade

Nesta terça-feira (9), em primeira votação, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro vota o projeto de lei que institui um feriado municipal em 7 de julho, uma segunda-feira, durante a realização da cúpula dos Brics na cidade. A proposta, apresentada em fevereiro pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), está em caráter de urgência e pode ser finalizada ainda nesta semana.

O encontro de líderes do bloco internacional começa no dia anterior, um domingo (6 de julho), e o feriado proposto visa facilitar a logística da cidade para recepção das delegações. A medida remete à operação adotada durante o G20, quando feriados também foram decretados com o mesmo objetivo.

Na justificativa, Paes destaca que “a realização da Cúpula de Chefes de Estado demanda do Município o apoio às operações logísticas planejadas pelo Governo Federal, em coordenação com demais entes federativos, incluindo restrições à circulação geral, como o bloqueio de vias públicas, e realização de operações e treinamentos com órgãos de segurança e inteligência”.

Pelo texto do projeto, o feriado não se aplicaria a setores como comércio de rua, hotéis, centros comerciais, shoppings, empresas jornalísticas, indústrias das zonas Norte e Oeste, além de padarias.

A confirmação de que o Rio de Janeiro sediará o encontro foi dada em fevereiro pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O Brics é um grupo de cooperação internacional que atualmente reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

Desde 1º de janeiro, o Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco até o fim de 2025. De acordo com a ministra Paula Barboza, coordenadora-geral da presidência brasileira no Brics, os eixos principais de atuação do país neste ciclo serão a reforma da governança global e o fortalecimento da cooperação entre países do Sul Global.

O Brics também conta com a participação de países parceiros, uma modalidade criada em 2024, durante a Cúpula de Kazan, na Rússia. Entre os atuais parceiros estão Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Mais de 30 países já demonstraram interesse em integrar o grupo, seja como membros ou parceiros.

Por: Carolina Sepúlveda 

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