Bilionários americanos repreendem tarifas ‘recíprocas’ de Trump

Líderes empresariais bilionários se manifestaram publicamente contra as taxas anunciadas na última quarta-feira (2) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As críticas surgem após as repercussões negativas por parte de chefes de estado espalhados pelo mundo.
O investidor Bill Ackman, que apoiou a candidatura de Trump em 2024, foi um dos primeiros a se manifestar, chamando as novas tarifas de “guerra nuclear econômica”. Em publicação na rede X, ele alertou que os investimentos empresariais podem paralisar e os consumidores, fechar as carteiras. Ackman ainda afirmou que os danos à reputação internacional dos EUA podem levar décadas para serem reparados.
As tarifas, que começaram a valer no sábado (5) com uma taxa básica de 10% sobre todas as importações, atingirão especialmente a China e a União Europeia, com taxas de 34% e 20%, respectivamente. Trump afirmou que sua intenção é corrigir déficits comerciais históricos e proteger a indústria americana, mas líderes de grandes empresas não compartilham da mesma visão.
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, declarou que as medidas podem elevar a inflação e frear o crescimento econômico global. Já o bilionário Stanley Druckenmiller se disse contrário a qualquer tarifa acima de 10%, e Ken Fisher, da Fisher Investments, classificou o plano como “estúpido, arrogante e ignorante em termos comerciais”.
Até Elon Musk, tradicional aliado de Trump, pediu publicamente por uma “situação de tarifa zero” entre Europa e EUA, sugerindo a criação de uma zona de livre comércio.
Bill Ackman sugeriu uma trégua de 90 dias para renegociar os termos com os parceiros comerciais e evitar o que chamou de “desastre autoinfligido”.
Por: André Zamora
Foto: Reprodução Redes Sociais