Caso ‘brigadeirão’: justiça ouve rés e testemunhas do caso nesta segunda-feira (7)

A Justiça do Rio iniciou nesta segunda-feira (7) as audiências no processo do caso do “brigadeirão”. Onde duas mulheres foram acusadas de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond, em maio de 2024 com a sobremesa, que estava envenenada.
Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, apontada como mentora intelectual do crime, estão presas desde o ano passado e respondem pelo homicídio do empresário. A previsão é que sejam ouvidas as rés e as testemunhas arroladas pela acusação.
A defesa de ambas negam o crime. Advogados chegaram a tentar pedir que o corpo do empresário fosse exumado, com objetivo de provar que Ormond não foi envenenado.
O caso foi revelado após vizinhos ligarem para polícia no dia 20 de maio de 2024, alegando mal cheiro. A suspeita é que Luiz Marcelo Ormond tenha sido envenenado no dia 17, último dia em que o empresário apareceu em público e supostamente segurando o “brigadeirão”.
A polícia considera que a alta dosagem das drogas matou Ormond em menos de meia hora, a julgar pelas câmeras do elevador do prédio dele. O empresário aparece descendo para a piscina às 17h04 com o prato de brigadeirão na mão e, às 17h47, sobe ao apartamento tossindo muito e desatento.
Na necrópsia foi encontrado um líquido de achocolatado no estômago de Ormond. De acordo com a perícia também foram encontrados a presença de morfina e do ansiolítico clonazepam no trato gástrico do empresário.
Júlia foi ouvida na 25ª DP (Engenho Novo) no dia 22 de maio, onde disse ter largado o carro de Ormond na Maré a pedido dele (o que a polícia afirma ser mentira) e ido embora do apartamento no dia 20, após brigar com o namorado.
Foi durante o depoimento do dia 22, que Julia sorriu várias vezes ao falar de Ormond. Para o delegado Marcos Buss, ela demonstrou “extrema frieza“.
Segundo os pais de Júlia, a mulher dizia ter feito “uma besteira”, sem, no entanto, detalhá-la ao voltar para casa, em Campo Grande.
Por: Maria Clara Corrêa
Imagem: Reprodução / G1