Policial civil é morto por tiros durante assalto na Zona Oeste do Rio

João Pedro Marquini, um policial civil de 38 anos, chegou a telefonar para um colega policial militar antes de deixar o veículo e ser executado a tiros durante um assalto na noite de domingo (30) na Grota Funda, na região oeste do Rio de Janeiro.

Conforme as investigações, os criminosos bloquearam a estrada quando o policial voltava da casa de parentes em Campo Grande, acompanhado de sua esposa, a juíza Tulla Melo.

Ao perceber a atividade atípica, Marquini chegou a telefonar para um colega policial militar, mas deixou a ligação no viva-voz antes de abandonar o veículo armado. Contudo, ele não teve tempo para reagir e recebeu cinco disparos, atingindo o braço, o peito e a perna. Ele faleceu no local, sem possibilidade de assistência médica. Os criminosos, além de matar o policial, também levaram sua arma.

A polícia informou que já há suspeitos identificados, mas até o momento ninguém foi preso. As investigações continuam para localizar e prender os criminosos.

O corpo de Marquini, de 38 anos, será enterrado nesta terça-feira (01), em Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro. O velório teve início às 7h. A perícia identificou cápsulas de fuzil no local do crime. O carro da juíza foi atingido por três disparos, mas ela saiu ilesa, pois o veículo era blindado.

A principal linha de investigação aponta para latrocínio, o roubo seguido de morte. A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizou uma operação na região logo após o crime e encontrou um carro que teria sido utilizado pelos criminosos.

Há indícios de que o mesmo veículo foi utilizado em outra ação criminosa na comunidade do Casarão, em Santa Cruz. Os suspeitos teriam fugido para a comunidade César Maia, em Vargem Pequena, atualmente controlada pelo Comando Vermelho (CV). A região, antes dominada pela milícia, estaria sob o comando do traficante Rodnei Lima de Freitas, conhecido como RD.

Marquini era um agente veterano, com uma carreira de 11 anos na Polícia Civil. Ele tinha passado por um treinamento na SWAT, a unidade policial de Miami, nos Estados Unidos. O policial deixa três filhos, enteados e sua esposa, a juíza Tulla Melo, uma das quatro juízas encarregadas do Tribunal do Júri no Estado.

Por: Carolina Sepúlveda 

Foto: Reprodução