EUA destacam oito barreiras comerciais que dificultam relação com Brasil

O governo dos Estados Unidos, por meio do Escritório do Representante Comercial (USTR), divulgou nesta segunda-feira (31) o relatório anual “National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers” (NTE), no qual aponta práticas protecionistas adotadas por países do mundo que estariam dificultando o acesso de empresas americanas ao mercado brasileiro. Neste relatório, o Brasil foi o sétimo país mais citado, tendo sido classificado como uma nação protecionista. O documento lista oito principais barreiras comerciais que, segundo os EUA, prejudicam os exportadores norte-americanos.
Entre as barreiras destacadas estão:
- Acordos Comerciais: Implementação lenta de compromissos, especialmente no Código Aduaneiro Comum do Mercosul.
- Políticas de Importação: Tarifas elevadas sobre produtos importados, como automóveis, eletrônicos e produtos químicos.
- Barreiras Não Tarifárias: Restrições à importação de produtos remanufaturados e procedimentos alfandegários complexos.
- Barreiras Técnicas e Sanitárias: Regulamentações que afetam setores como biocombustíveis e produtos agrícolas.
- Compras Governamentais: Preferência por empresas locais em contratos públicos e exigências de transferência de tecnologia.
- Propriedade Intelectual: Preocupações com pirataria e atrasos na concessão de patentes.
- Barreiras a Serviços: Restrições em setores como audiovisual e telecomunicações.
- Comércio Digital: Propostas de taxação de plataformas digitais e restrições à transferência internacional de dados.
As autoridades americanas afirmam que essas medidas violam princípios de livre comércio e solicitam que o Brasil reveja suas políticas para promover um ambiente comercial mais aberto e justo. O governo brasileiro, por sua vez, defende que suas políticas visam proteger a economia nacional e fomentar o desenvolvimento de setores estratégicos.
Por: André Zamora
Foto: Reprodução