ICMBio pode perder gestão do Cristo Redentor para Arquidiocese do Rio

A Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado (CDR) aprovou nesta terça-feira (25) o projeto de lei (PL) 3.490/2024, que devolve a gestão do Cristo Redentor à Igreja Católica, por meio da Arquidiocese do Rio. A proposta visa excluir a área do Alto do Corcovado, onde está localizada a estátua do Cristo Redentor, dos limites do Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio).

O projeto, que é de autoria dos senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Romário (PL-RJ), ganhou força após a morte do turista gaúcho Jorge Alex Duarte, que sofreu um ataque cardíaco na escadaria do Cristo, gerando questionamentos acerca da administração do monumento, especialmente após imagens do circuito interno revelarem a ausência de socorristas.

A proposta recebeu parecer favorável do relator, o senador Marcos Pontes (PL-SP).

A Igreja busca gerir o monumento há pelo menos cinco anos, desde que a Justiça concedeu a reintegração de posse das sete lojas localizadas na base da estátua à autarquia federal. O PL segue para a Comissão de Meio Ambiente (CMA) e, caso seja aprovado em todas as instâncias, a Arquidiocese poderá administrar a estrutura sem as regras decorrentes da gestão de uma unidade de conservação de proteção integral, o que vai facilitar a manutenção do acesso dos fiéis às cerimônias religiosas no pedestal do Cristo.

 

 

Por: André Zamora

Foto: Wikimedia Commons