Bolsonaro diz que ‘não havia qualquer prova’ de fraude em cartão de vacina

Após o pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para o arquivamento do inquérito que investigava uma possível fraude no cartão de vacinas de Jair Bolsonaro, o ex-presidente se manifestou nas redes sociais.  Segundo o chefe da PGR, não houve provas suficientes de que Bolsonaro teria falsificado dados sobre a primeira dose do imunizante da Covid-19. Contudo, a decisão final cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Hoje, a própria Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento do inquérito dos cartões de vacina. Depois de meses de manchetes, prisões arbitrárias, buscas e espetáculos, admitiram o óbvio: não havia qualquer prova contra mim”, disse Bolsonaro no X (antigo Twitter).

“O inquérito era frágil desde o início, mas serviu ao seu verdadeiro propósito: abrir caminho para dezenas de operações de pesca probatória, prender aliados de forma ilegal e abusiva, e tentar forçar meus ex-assessores a me implicar com mentiras”, continuou.

Na decisão, Gonet afirmou que, embora Mauro Cid tenha alegado em sua delação premiada que Bolsonaro tenha o ordenado a inserir dados falsos de vacinação, não existem provas que comprovem sua versão.

“Somente o colaborador afirmou que o presidente lhe determinara a realização do ato”, afirmou o procurador-geral. Gonet lembra que a lei ‘proíbe o recebimento de denúncia que se fundamente ‘apenas nas declarações do colaborador’”, citou.

Por: Ágatha Araújo

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