PF prende 12 pessoas em operação contra máfia do cigarro que tem bicheiro Adilsinho como alvo

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (27) doze pessoas na segunda fase da Operação Libertatis, que investiga o contrabando de cigarros no Rio de Janeiro. Entre os alvos está Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, foragido da Justiça. O grupo criminoso mantinha trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Foram expedidos 21 mandados de prisão preventiva, 26 de busca e apreensão e 12 medidas cautelares no RJ e ES. A Justiça bloqueou bens avaliados em R$ 350 milhões, incluindo imóveis, veículos de luxo, criptomoedas e dinheiro. Em Duque de Caxias, agentes apreenderam R$ 48 mil.
Prisões
- São Pedro da Aldeia: 2 pessoas
- Bonsucesso (22º BPM): 1 PM
- Serra (ES): 1 pessoa
- Magé e Nova Friburgo: 1 cada
- Rio de Janeiro: 6 (Cachambi, Jacarepaguá, Ilha do Governador, Barra da Tijuca e Campo Grande)
A investigação, iniciada há dois anos, revelou três fábricas clandestinas e resgatou trabalhadores em condições sub-humanas. A quadrilha comercializava cigarros falsificados e impunha violência a comerciantes. Policiais e bombeiros faziam parte do esquema de segurança do grupo.
A organização trazia mão de obra escrava do Paraguai e utilizava um policial rodoviário federal para escoltar cargas. O dinheiro era lavado e transferido para o exterior. O método de atuação é semelhante ao de grupos que exploram o jogo ilegal no RJ.
Os suspeitos podem responder por organização criminosa, trabalho escravo, tráfico de pessoas, crimes contra a saúde pública, sonegação fiscal, falsificação, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O presidente de honra do Acadêmicos do Salgueiro, Adilsinho é apontado como chefe da máfia dos cigarros ilegais e suspeito de mandar matar Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinhos Catiri, e seu segurança em 2022. Ele também é investigado por envolvimento em 20 homicídios. A Polícia Civil pediu sua prisão em novembro de 2024, mas ele segue foragido.
Foto: Divulgação PF