Itamaraty faz vistorias em imóveis históricos do Centro do Rio após quedas de casarões

Após o desabamento de dois casarões centenários no Centro do Rio, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) iniciou vistorias em mais de 30 imóveis históricos da região, com o objetivo de prevenir novos colapsos. A medida vem em resposta ao estado de precariedade das construções, agravado pela chegada do período de chuvas, e à ocupação irregular de muitos desses imóveis. Enquanto a Prefeitura estima que 160 prédios estejam em risco, um levantamento aponta que até 750 casarões no centro da cidade necessitam de reparos urgentes.

A medida tem como objetivo garantir a segurança da população, com a temporada de chuvas intensas chegando, a preocupação sobre o desabamento das antigas construções aumenta. Márcia Maro da Silva, embaixadora do ministério, enfatizou que não só as estruturas dos prédios estarão sendo vistoriados, mas também se algum desses imóveis foram invadidos por famílias, agravando o risco.

O Itamaraty da destaque para a necessidade urgente das vistorias nos imóveis para que seja possível prevenir novos desabamentos, especialmente nas áreas mais vulneráveis. Porém, a Defesa Civil alega que não é a responsável pela fiscalização dos terrenos e que a medida de segurança dos mesmos são de responsabilidade da Defesa Civil municipal, que afirma não ter tido nenhuma tentativa de contato por parte do Itamaraty. A Câmara Municipal, propôs um Projeto de Lei que da ao Poder Executivo a autorização para intervir em imóveis abandonados, permitindo reparos após notificações aos proprietários, a desapropriação das propriedades será a consequência caso não recebam respostas.

A Prefeitura do Rio estima que 160 imóveis na cidade estejam com risco de desabamento, já o grupo SOS Patrimônio, apresenta números maiores e mais graves. O levantamento do grupo resultou em 750 casarões em péssimas condições de conservação, apenas na área do centro da cidade. As áreas consideradas mais prejudicadas são Campo de Santana e a Lapa. Alguns dos imóveis em questão foram invadidos e transformados em estabelecimentos ilegais e de procedência duvidosa.

Por: João Pena
Foto: Reprodução