Sentado no Plenário, Bolsonaro acompanha julgamento do STF que pode torná-lo réu

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (25) o julgamento da denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados de tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro esteve presente durante a sessão e acompanhou o trâmite no plenário do STF. Advogados de defesa dos sete aliados e do ex-presidente devem apresentar seus argumentos diante da Primeira Turma.

Segundo o advogado Juca de Oliveira, que representa o general Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro, não há provas contra para levar seu cliente a julgamento.

“Não há nenhum documento que incrimine o general. Não estamos falando de uma pessoa qualquer. Estamos falando de alguém que serviu por mais de 42 anos sem qualquer mancha”, disse.

Já o advogado Demóstenes Torres, do almirante Almir Garnier, argumentou que o julgamento precisa ser analisado pelos 11 ministros, e não somente por 6.

“Se a matéria é de alta relevância e uma das maiores da história, como que tira 6 dos 11 ministros? Tem que ser julgado pelos 11. Temos que provar que não há justa causa para receber a denúncia em relação ao almirante Garnier. Ele não estava na reunião dia 7. Estava em outra cidade, dando a palestra. A Polícia Federal mentiu. O que há em relação são inverdades que não demandam prova. Essas contradições estão dentro da denúncia”, disse.

O advogado de Jair Bolsonaro, por sua vez, foi o terceiro a chegar.

“Defesa foi apresentada e vamos reforçar os principais pontos ao STF”, disse.

Os magistrados terão até três sessões para deliberar. A primeira começou às 9h30 desta terça-feira, com previsão de ser finalizada às 12h. Na parte da tarde, os magistrados realizam a segunda sessão, e, na manhã de quarta-feira (26), haverá mais uma audiência.

Os denunciados são acusados de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, entre outros crimes.

Por: Ágatha Araújo

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